quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Chegamos a terra prometida


Depois de muito procurar – pra variar – encontramos esse terreno no Alto de Pinheiros que parecia legal. Legal no sentido da lei mesmo, porque bacana era claro que ele era. Primeiro conselho para quem pensa em comprar para construir do zero. Examine muito, mas muito bem a papelada, de preferência com ajuda de quem é do ramo. Quem já é meu leitor sabe que a gente quase comprou uma casa tombada porque a corretora espertalhona simplesmente não nos contou sobre isso.
Foi pago - Da mesma forma que imóveis há terrenos em áreas de risco, proteção de mananciais, terras devolutas, encrencas de herança de família, falsários de papéis, todo o tipo de gananciosos e inescrupulosos. Aqueles coitados que vocês vêem na TV uivando, sendo despejados de suas casas derrubadas pelos tratores com ajuda da polícia e arrancando os cabelos desesperados não são folgados que simplesmente invadiram o pedaço não. Na imensa maioria vitimas de espertalhões que lotearam o que não lhes pertencia e venderam aos desavisados que pagam religiosamente pela gleba. É o sonho da casa própria, lembrem-se.
Um golpe desses pode render milhões, milhões mesmo para quem o aplica. Lembro-me de uma reintegração de posse na Zona Leste que cobri para a TV há mais de 10 anos. É de fazer chorar o repórter mais duro quando o trator joga a casa dos coitados no chão. Os f. da p. ganharam mais de R$ 2 milhões na época. Ninguém nasce imune a patifes, todo cuidado é pouco.
Lombriga e piolho - Eu também acabei meio vitima deles. Como ficava na Zona Leste muito isolada durante horas, pois a reintegração dura dias para piorar o sofrimento, acabava comendo o que encontrava.  Como resultado desse período tive lombriga e piolho. Madame emergente, repórter, mãe, mulher de médico, virei motivo de gozação de todo mundo, a começar pelo marido.  
Mas voltando ao nosso terreno, ou melhor, que seria nosso em breve, ele era um pouco escarpado, mas com uma vista maravilhosa. Tinha um bom tamanho, documentação em ordem e a gente dinheiro suficiente para comprá-lo. Batemos o martelo. Ficamos duros e fomos seguir trabalhando para juntar dinheiro para levantar nosso lar, doce lar.
Esse foi o terreno que encontramos depois de muita procura para fazer nossa casa

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