Nesse deck na praia de Itamambuca começamos a ter boas idéias sobre minha futura casa. Claro que só vai sair coisa boa
Eduardo Mello
Meu cunhado e compadre, além de cenógrafo, é ótimo arquiteto. A casa dele na praia da Feiticeira, em Ilhabela, é uma das melhores coisas que já vi na vida, tanto que algumas das idéias serão aproveitadas em meu futuro lar, doce lar. Mas ele não tinha tempo para mim. E conseguir um arquiteto não é tarefa das mais simples, apesar dos milhares de profissionais que pululam na praça. Como se não bastasse, tenho ainda um sério problema, acho que a pedra da Roseta, aquela usada para decifrar os hieróglifos egípcios, mais fácil de entender que uma planta de arquitetura.Um projeto na mão e uma casa na estratosfera - Essa falta de entendimento aumentava minha insegurança. Tinha medo de pagar por um projeto, ficar com um troço bonitinho, que teoricamente atenderia minhas necessidades e eu que me virasse para dar conta de construir. Pedi indicações, entrevistei alguns, troquei algumas idéias. Os honorários eram altos e a sensação de que eu micaria com uma planta na mão e nem um tijolo colocado persistia.
O destino conspirou a meu favor. Tania minha amiga convidou para um fim de semana em uma casa super hiper duca que ela aluga em Itamambuca, Ubatuba. O dono, o senhorio, era amigo, arquiteto conhecido – calhava até de ser meu colega de malhação, mas a gente nunca tinha se falado. Ficamos conversando aqueles papos preguiçosos de terraço de casa de praia e ele deu altas sugestões, dessas idéias boas de ouvir que a gente consegue enxergar já operantes, funcionando.
Martelo - Na volta para São Paulo pedi a Tania o contato dele. Liguei, conversei, trocamos algumas idéias, um orçamento e ficou oficializado. Eduardo Martins de Mello seria o arquiteto escolhido para fazer minha casa sair do chão.